Toda a ‘cultura’ urbana desenvolvida pela juventude contemporânea, também pode ser considerada como entretenimento.
Entretenimento é uma forma de recrear ou divertir as pessoas ou um conjunto delas quando elas se encontram desviadas de suas preocupações cotidianas; é o ofício de captar a concentração de grupos ou de indivíduos, com a aplicação das mais variadas ocupações que visam tão somente o prazer, por um período temporal fixo ou impreciso.
É preciso que fique bem claro que entretenimento e cultura não são a mesma coisa. Entreter é distrair, oferecer atividades com as quais o Homem passe a parte livre de seu tempo, até mesmo na prática de esportes, é conceder distrações e diversões. Aliás, segundo o dicionário Houaiss, divertir alguém é proporcionar-lhe uma mudança de direção na sua rotina, desviar sua atenção para o foco que convém a determinadas categorias políticas.
Assim, nos bastidores do prazer, há sempre determinados setores lucrando com a diversão, seja econômica ou politicamente. Recentemente, por exemplo, a Octagon Worldwide empreendeu uma pesquisa, a serviço da empresa Mastercard, com o objetivo de avaliar os padrões de consumo do povo brasileiro. Entre os dados averiguados, descobriu-se que 93% dos brasileiros preferem, na esfera do entretenimento, circular pelo universo virtual.
Mesmo assim, os pesquisadores concluem que as empresas do ramo turístico não têm do que reclamar, pois a população brasileira ainda acalenta o velho sonho de viajar, seja de carro pelo território nacional – 70% -, seja de avião pelo país – 81% – ou pelo exterior – 75%. Nesta verificação estatística foram questionados membros das classes A, B e C. A partir desta visão panorâmica, este setor tem como planejar novas campanhas e projetos.
Podem ser listadas algumas modalidades de entretenimento: blogs, chats, cinema, dança, exposições, festas de natureza popular, jogos, leituras – especialmente de best sellers -, ouvir música, passatempos, pesca, rádio, teatro, televisão, entre outras.
Algumas localidades também estão vinculadas à arte de entreter. São elas: acampamentos, piqueniques, cabarés, danceterias, feiras de exposições, museus, apresentações de óperas, parques – temáticos, de diversão e zoológicos -, rodeios, e outros mais.
Também pode ser considerada como entretenimento toda a ‘cultura’ urbana desenvolvida pela juventude contemporânea. Desde a formação de gangues, os famosos ‘rachas’, as ‘baladas’, muitas vezes acalentadas por rodadas de cerveja e outras bebidas, e pelo uso de drogas, das mais leves às mais pesadas. Esta forma de se entreter, naturalmente, é totalmente discutível, negativa e nada sadia. Pode-se até mesmo afirmar que é completamente alienante.
Portanto, há diversões saudáveis, que podem até mesmo envolver um processo de construção do conhecimento, conquistado com boas doses de prazer, e seguidas de perto pela consciência plena dos ardis manipuladores que circulam pelos bastidores da indústria do entretenimento. E há, infelizmente, distrações censuráveis, que muitas vezes conduzem os jovens à própria autodestruição.
Fonte:
Ana Lucia Santana