Profissionais da educação e alunos de Igreja Nova são entregues as suas próprias sortes mais uma vez!

Profissionais da educação e alunos de Igreja Nova são entregues as suas próprias sortes mais uma vez!

O saldo dos primeiros 30 dias de aulas híbridas foi o descumprimento dos Protocolos de Segurança Sanitária, alguns profissionais da educação, alunos e pais de alunos contaminados pelo coronavírus.

A situação da educação no Município de Igreja Nova, cidade localizada no Baixo São Francisco alagoano, distante 165 quilômetros da capital, Maceió, nesses primeiros 30 dias de aulas híbridas, continua sem nenhuma providência no que se refere aos Protocolos de Segurança Sanitária exigidos pelo Conselho Nacional de Educação e o Decreto Estadual. Parece que as parcerias tão divulgadas ficaram apenas nas propagandas das redes sociais do Estado de Alagoas e do Município de Igreja Nova.
Com a promessa de ao retornar as aulas presenciais no modelo híbrido, em que cada turma seria dividida em duas, uma semana os números ímpares viriam para aulas presenciais, enquanto os números pares, estariam estudando remotamente em casa, e na outra semana o inverso, como já era esperado não está funcionando. Como o Estado de Alagoas e o Município não fizeram nada para minimizar os prejuízos dos alunos e profissionais da educação nesse um ano e meio de aulas on-line, não está sendo diferente nesse primeiro mês de aulas híbridas (AH). Todos são sabedores que mais de 85% do alunado igreja-novense moram na zona rural, e a maioria deles são pobres, a família não pode comprar equipamentos tecnológicos, outros é um único celular para dois, três e até mais filhos, em muitos Povoados não possuem sinal de celular, internet, a promessa de doar conectividade aos discentes ficou só na propaganda, e alguns alunos nem energia possuem em casa. Os Professores colocam suas atividades na Classroom, plataforma do google, fazem apostilas para que a escola encaminhe a esses alunos para quando essas apostilas retornarem com todas atividades respondidas os Professores possam fazer a correção e só aí, passar suas frequências e pontuações para o SAGEAL (DIÁRIO ESCOLAR). Ou seja, como o próprio governo disse que os Professores passaram um ano e meio sem trabalhar, agora ele quer, que os Profissionais da educação, além de preparar aulas presenciais e alimentar o SAGEAL presencial, relatórios, apostilas, roteiros, enviar conteúdos e atividades para a classromm, corrigir as atividades presenciais e as das apostilas quando retornam, ainda quer que se preocupem com os protocolos de segurança sanitária.
Alguns dos ônibus que trazem os estudantes agora de responsabilidade do Município estão chegando superlotados, sem nenhum cuidado com os protocolos de segurança sanitária. Ninguém fiscaliza o cumprimento desses cuidados, pois a maioria dos discentes só coloca a máscara quando chega no portão da escola, e depois que entra retiram e na sala de aula os Professores têm que estarem chamando atenção para colocar, já que o Estado não disponibilizou servidores para tal. Diante das dificuldades existentes pelo não cumprimento das ações prometidas pelos poderes públicos, somadas aos problemas históricos das escolas da Terrinha como meninas com roupas inadequadas, uso de chapéus, namoros indecentes, uso de bebidas alcoólicas dentro dos muros da escola, brincadeiras proibidas para o momento, pessoas alheias as escolas circulando pelo ambiente escolar, entre outros problemas, como sempre está sobrando para os profissionais da educação, que além de ter que cumprirem seus mister pedagógico, tem que se preocupar com todos esses outros problemas, enquanto o governo fica nas redes sociais divulgando propagandas enganosas e fakes news.

Somado a tudo isso, depois de um ano e meio em aulas on-line e as escolas todas fechadas, o que se viu no retorno as aulas presenciais, foi escolas depreciadas, faltando cadeira e mesa para os Professores, problemas nas instalações elétricas e hidráulicas, internet ineficaz, falta de laboratórios de informática, todos fechados, e muitos problemas de estrutura. Em algumas delas só agora começaram a fazer a pintura das paredes com a Unidade Escolar já funcionando com metade da capacidade.
Alguns profissionais da educação, nesse um ano e meio de pandemia, realizando suas atividades laborais no formato on-line, foram contaminados e morreram, outros tiveram perda de familiares, e muitos foram contaminados, ficaram com sequelas irreversíveis, enquanto outros não foram contaminados, mas, adquiriram comorbidades graves, e ainda teve aqueles que já tinham comorbidades, essas foram agravadas, enquanto outras foram adquiridas no decorrer dessa pandemia. Paralelo a isso, os governos sem nenhuma preocupação com os servidores, tendo como ação apenas a vacinação dos profissionais, e instalação de alguns dispersores de álcool, lavatórios, tapetes e adesivos de distanciamento, já editou medidas para as escolas retornarem 100% presencial, sem se preocupar com as vidas desses servidores, que estão trabalhando com atividades análogas a escravidão.

Por Redação

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